sábado, 1 de setembro de 2012

Parque de Dinossauros em Ceará


    O ceará igualmente é um campo rico em fósseis (restos petrificados de animais, insetos ou vegetais). Um dos depósitos mais valiosos do mundo está na chapada do Araripe, no Cariri , onde já foram encontrados até dinossauros com mais de 100 milhões de anos! É o caso dos fósseis de Pterossauros, répteis voadores - de bicos de meio metro, dentes afiados e com envergaduras das asas chegando a 5,5m.

   Outra região é a chapada do Apodi, na fronteira do Rio Grande do Norte, em cujo lado cearense podem ser encontrados fósseis de invertebrados e impressões de folhas nas rochas. Há também, em outros municípios, ocorrências isoladas de uma fauna de mamíferos gigantes que ali viveu a cerca de 10 mil anos (inclusive em contato com homens, os quais caçavam tais animais). No Sertão Central, municípios de Quixadá, Quixeramobim, Morada Nova, Banabuiú, Russas, Alto Santo, Jaguaretama e Jaguaribe, e na região norte do estado, nos municípios de Ubajara, Sobral, Itapipoca, Itapajé, Tururu e Pacajus. Foi descoberto recentemente na área de Tauá, nos Inhamuns; ossadas de preguiças e tatus gigantes, além de tigres dente-de-sabre e texodontes, bem como inscrições e desenhos humanos de milhares de anos em rochas.

                         Fósseis encontrado na Chapada do Araripe.
                                        Preguiça Gigante.
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Réplica de Pterossauro no Cariri, região que já se consolida como um dos locais onde viveram dinossauros de milhões de anos atrás.
Crânio de dinossauro - Santana do Cariri.

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Paleontólogo Celso Ximenes mostra dentes de um mastodante achado em escavação na zona rural de Itapipoca. O acervo está no museu Pré-Histórico da cidade.

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     Os mastodontes viveram há cerca de 8 mil anos na área compreendida  hoje pela zona rural de Itapipoca.

                                Fóssil descoberto na região do Cariri.
Pterosauro Anhanguera - 4 a 5 Metros de Envergadura - Descoberto na Chapada do Arararipe/Ceará/Brasil
                Pterosauro Anhanguera encontrado na Chapada do Araripe.
                                 Reprodução do tigre dente-de-sabre.
             Gliptodonte, encontra-se no Museu de Pré-História de Itapipoca.
                             Crânio de um Tigre dente-de-sabre.

As primeiras pesquisas paleontológicas no estado iniciaram-se por volta da década de 1830, com o viajante inglês George Gadner.

Os fósseis têm importância  por duas razões. Primeira, provam a evolução das espécies vivas do planeta; segunda, informam sobre os antigos ambientes das áreas onde são encontrados. Assim, por exemplo, os achados demonstram que no passado (há cerca de 140 milhões de anos) a chapada do Araripe era um grande lago, o qual acabou inundado pelo mar e que deixou de existir devido aos movimentos da crosta terrestre - a  área, então, secou, verificando-se a fossilização das espécies que ali viviam.

A presença de resto de grandes animais no Nordeste e no Ceará evidencia com clareza que os aspectos da geografia, no passado, eram bem distintos de hoje. Dessa forma, alguns animais que são típicos de climas frios foram encontrados aqui, como ursos, os quais são característicos, na atualidade, de regiões geladas da América do Norte e Europa. Outro exemplo é o Texodonte, animal com 3m de comprimento por 1,5m de altura, de hábitos herbívoros e anfíbios, semelhante ao hipopótamo africano (dele foram encontrados fósseis em Itapipoca, com idade de 10 mil anos), que necessitava de grandes reservatórios permanentes d'água (lagos, rios, etc.) para sobreviver, indicando que o clima era bem mais úmido que  atual, com uma maior distribuição de chuvas.
Reprodução da Preguiça Gigante.

Animais como as preguiças gigantes ( herbívora com 3,5m de altura, existente há cerca de 4.400 anos), mastodontes (3m de altura herbívoro, de 10 mil anos). Animais que necessitavam de grande quantidades de alimentos, mostram que a vegetação era mais abundante que a de nossos dias.

Todas essas observações comprovam que no passado distante o clima do Nordeste era bem ameno em relação a do presente, não existindo obviamente nessas épocas as secas que tanto castigam a região.

Fontes: FARIAS, Aírton de. História do Ceará. Fortaleza-CE. 2007. 2ª Edição.
Jornal Diário do Nordeste.

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